Aldemir Martins: Um Mestre da Brasilidade

Quem conhece a carreira de Aldemir Martins costuma dizer que não foi ele que escolheu as artes, mas sim o contrário. Nascido em Ingazeiras, no Vale do Cariri, Ceará, em 8 de dezembro de 1922, sua vasta obra é fundamental para o panorama das artes plásticas no Brasil, tanto pela qualidade técnica quanto por sua capacidade de interpretar o “ser” brasileiro, carregando consigo a marca indelével da paisagem e do homem do nordeste.

Desde o início, sua produção se destaca pelo figurativismo, onde o artista emprega um repertório formal constantemente retomado: aves, sobretudo os galos; cangaceiros, inspirados nas figuras de cerâmica popular; gatos, realizados com linhas sinuosas; e ainda flores e frutas. Suas pinturas são marcadas pelo uso de cores intensas e contrastantes, que conferem uma energia singular às suas obras.

Autodidata e inclinado ao desenho, Aldemir, ainda jovem, tornou-se orientador artístico na Escola Militar em 1934, devido à sua habilidade inata. No início dos anos 1940, juntamente com Mário Barata, Barbosa Leite, Antônio Bandeira, Carmélio Cruz, Inimá de Paula e outros, fundou o Grupo Artys e a SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticas, instituições que desempenharam um papel crucial na renovação do ambiente artístico cearense.

Entre 1941 e 1945, durante seu serviço no exército, desenhou o mapa aerofotogramétrico de Fortaleza e conquistou seu primeiro prêmio, promovido pela Oficina de Material Bélico da 10ª Região Militar, pela pintura de viaturas do exército. Na ocasião, foi nomeado Cabo Pintor. Em 1942, expôs pela primeira vez no II Salão de Pintura do Ceará. Foi nesse período que Aldemir começou a trabalhar como ilustrador para jornais, revistas e livros, refinando sua técnica e ampliando seu repertório artístico.

Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força às suas obras, tornando-as inconfundíveis e profundamente significativas para um povo que se reconhece em suas pinturas e desenhos. Aldemir Martins, com seu olhar perspicaz e sensível, consegue capturar a essência da brasilidade, reinterpretando as representações de uma terra rica e multifacetada.

Como um poeta das cores e formas, Aldemir tece em suas telas uma ode ao Nordeste, uma canção visual que ressoa com a alma do Brasil. Cada obra é um fragmento de um todo maior, um mosaico que revela a beleza e a complexidade do povo brasileiro, convidando-nos a mergulhar nas nuances e contrastes de uma identidade coletiva pulsante e vibrante.

  • ⁠  ⁠1951 – Prêmio de desenho na [Bienal de São Paulo], com “O Cangaceiro”.
  • ⁠  ⁠1953 – Pintores Brasileiros, Tóquio, Japão.
  • ⁠  ⁠1954 – Gravuras Brasileira, Genebra, Suíça.
  • ⁠  ⁠1955 – Bienal Internacional de Desenho e Gravura de Lugano, Suíça.
  • ⁠  ⁠1956 – Medalha de Ouro no V Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro, XXVIII Bienal de Veneza, Itália – Prêmio “Presidente Dei Consigli dei Ministeri”, atribuído ao melhor desenhista internacional.
  • ⁠  ⁠1957 – Exposição de gravuras no “Circolo dei Principi”, Roma, Itália, com “Lívio Abramo”, – VI Salão de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
  • ⁠  ⁠1958 – Festival Internacional de Arte, Festival Galleries, Nova Iorque, Estados Unidos, VIII Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
  • ⁠  ⁠1959 – Prêmio de viagem ao Exterior do VIII Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Exposição individual no Museu de Arte Moderna da Bahia.
  • ⁠  ⁠1960 – Exposição coletiva Artistas Brasileiros e Americanos, Museu de Arte de São Paulo.
  • ⁠  ⁠1961 – Exposição de desenhos e litografias na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, Portugal.
  • ⁠  ⁠1962 – Exposição individual na Sala Nebili, Madri, Espanha, Exposição coletiva “Brasilianische Kunstler der Gegenwart”, Kassel, Alemanha.
  • ⁠  ⁠1965 – Exposição individual no Instituto de Arte Contemporânea, Lima, Peru.
  • ⁠  ⁠1968 – Primeiro prêmio por grafia na Bienal Internacional de Veneza de 1946 a 1966.
  • ⁠  ⁠1970 – Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura 70, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
  • ⁠  ⁠1975 – XIII Bienal de São Paulo – Sala Brasileira.
  • ⁠  ⁠1978 – Retrospectiva “19 pintores”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
  • ⁠  ⁠1980 – Exposição circulante, coletiva, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Coletiva 48 artistas, na Pinacoteca do Estado, São Paulo.
  • ⁠  ⁠1981 – Exposição de pinturas, desenhos e esculturas no Museu de Arte da Bahia.
  • ⁠  ⁠1982 – Internacional Arte Expo, Estocolmo, Suécia.
  • ⁠  ⁠1984 – Coletiva – “A Cor e o Desenho no Brasil”, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Individual de pintura, desenho e gravura – “Arte Amazônica”, Nova Iorque, Estados Unidos, “Tradição e Ruptura” – Fundação Bienal de São Paulo.
  • ⁠  ⁠1985 – Lançamento do livro “Aldemir Martins, Linha, Cor e Forma”.
  • ⁠  ⁠1988 – Comemoração de 30 anos da SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos – Fortaleza, Ceará, “Os Muros de Maison Vogue”, MASP – Museu de Arte de São Paulo
  • ⁠  ⁠1989 – “O Nordeste de Aldemir Martins”, Espace Latin-American, Paris, França.
  • ⁠  ⁠2005 – “Sete décadas de Sucessos Artísticos” – 1945-2005 – O MASP inaugura exposição retrospectiva de Aldemir Martins e promove o lançamento do livro do pintor e gravador brasileiro, conhecido pelos seus temas do nordeste, animais e mulheres. A retrospectiva de um dos artista brasileiro vivo foi uma homenagem do Masp a Aldemir Martins, por suas sete décadas de produção artística.
  • ⁠  ⁠Ilustrou, em 1960 para a coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, a obra Pasárgada, do escritor Manuel Bandeira

AS OBRAS:

Galo

Inspirado na obra “Galo” de Aldemir Martins

Peça em resina pintado a mão Dimensões ( AxlxP)10 × 20 × 10 cm

Peso – 0,600 kg

Gato Azul

Inspirado na obra “Gatos Azul” de Aldemir Martins.


Peça em resina pintado a mão
Dimensões ( AxlxP)- 13 × 11 × 16 cm

Peso – 0,600 kg

Gato Vermelho​​

Inspirado na obra “Gato big” de Aldemir Martins.


Peça em resina pintado a mão
Dimensões ( AxlxP) 12 × 19 × 11 cm


Peso – 0,600 kg

Dois Gatos

Inspirado na obra “Gatos – pai e filho” de Aldemir Martins.

Peça em resina pintado a mão
Dimensões ( AxlxP) 14 × 15 × 15 cm

Peso – 0,600 kg

Bumba meu boi

Inspirado na obra folclórica de Aldemir Martins.


Peça em resina pintado a mão
Dimensões ( AxlxP) 15 × 9 × 19 cm


Peso – 0,600 kg